domingo, 12 de junho de 2011

ISO 9126 e clientes

A ISO 9126 é uma norma que tem como prioridade garantir a qualidade de um produto software. Obviamente adquirir um produto assegurado pela norma ISO, seja ela qual for, é um bom negócio. De acordo com o Prof. Walteno Pereira Júnior os atributos e benefícios da norma :

a) Funcionalidade
A capacidade de um software prover funcionalidades que satisfaçam o usuário em suas necessidades declaradas e implícitas, dentro de um determinado contexto de uso. Suas sub-características são:

Adequação:
que mede o quanto o conjunto de funcionalidades é adequado às necessidades do usuário;

Acurácia (ou precisão):
representa a capacidade do software de fornecer resultados precisos ou com a precisão dentro do que foi acordado/solicitado;

Interoperabilidade:
que trata da maneira como o software interage com outro(s)sistema(s) especificados;

Segurança:
mede a capacidade do sistema de proteger as informações do usuário fornecê-las apenas (e sempre) às pessoas autorizadas;

b) Confiabilidade
O produto se mantém no nível de desempenho nas condições estabelecidas. Suas sub-características são:

Maturidade:
entendida como sendo a capacidade do software em evitar falhas decorrentes de defeitos no software;

Tolerância a Falhas:
representando a capacidade do software em manter o funcionamento adequado mesmo quando ocorrem defeitos nele ou nas suas interfaces externas;

Recuperabilidade:
que foca na capacidade de um software se recuperar após uma falha, restabelecendo seus níveis de desempenho e recuperando os seus dados;

c) Usabilidade
A capacidade do produto de software ser compreendido, seu funcionamento aprendido, ser operado e ser atraente ao usuário.Note que este conceito é bastante abrangente e se aplica mesmo a programas que não possuem uma interface para o usuário final. Por exemplo, um programa batch executado por uma ferramenta de programação de processos também pode ser avaliado quanto a sua usabilidade, no que diz respeito a ser facilmente compreendido, aprendido, etc. Além disto, a operação de um sistema é uma interface Humano-Computador (ver IHC) sujeita às avaliações de usabilidade. Suas sub-características são:
Inteligibilidade:
que representa a facilidade com que o usuário pode compreender assuas funcionalidades e avaliar se o mesmo pode ser usado para satisfazer as suas necessidades específicas;

Apreensibilidade:
identifica a facilidade de aprendizado do sistema para os seus potenciais usuários;

Operacionalidade:
é como o produto facilita a sua operação por parte do usuário,incluindo a maneira como ele tolera erros de operação;

Atratividade:
envolve características que possam atrair um potencial usuário para o sistema, o que pode incluir desde a adequação das informações prestadas para o usuário até os requintes visuais utilizados na sua interface gráfica.

d) Eficiência
O tempo de execução e os recursos envolvidos são compatíveis com o nível de desempenho do software. Suas sub-características são:

Comportamento em Relação ao Tempo:
que avalia se os tempos de resposta (ou de processamento) estão dentro das especificações;

Utilização de Recursos:
que mede tanto os recursos consumidos quanto a capacidade do sistema em utilizar os recursos disponíveis;

e) Manutenbilidade
A capacidade (ou facilidade) do produto de software ser modificado, incluindo tanto as melhorias ou extensões de funcionalidade quanto as correções de defeitos. Suas sub-características são:

Analisabilidade:
identifica a facilidade em se diagnosticar eventuais problemas e identificar as causas das deficiências ou falhas;

Modificabilidade:
caracteriza a facilidade com que o comportamento do software pode ser modificado;

Estabilidade:
avalia a capacidade do software de evitar efeitos colaterais decorrentes de modificações introduzidas;

Testabilidade:
representa a capacidade de se testar o sistema modificado, tanto quanto as novas funcionalidades quanto as não afetadas diretamente pela modificação

f) Portabilidade
A capacidade do sistema de ser transferido de um ambiente para outro. Como "ambiente",devemos considerar todo os fatores de adaptação, tais como diferentes condições de infra-estrutura (sistemas operacionais, versões de bancos de dados, etc.), diferentes tipos e recursos de hardware (tal como aproveitar um número maior de processadores ou memória).Além destes, fatores como idioma ou a facilidade para se criar ambientes de testes devem ser considerados como características de portabilidade. Suas sub-características são:

Adaptabilidade:
representando a capacidade do software ser a adaptar a diferentes ambientes sem a necessidade de ações adicionais (configurações);

Capacidade para ser Instalado:
identifica a facilidade com que pode se instalar o sistema em um novo ambiente;

Coexistência
mede o quão facilmente um software convive com outros instalados no mesmo ambiente;

Capacidade para Substituir:
representa a capacidade que o sistema tem de substituir outro sistema especificado, em um contexto de uso e ambiente específicos.Este atributo interage tanto com a adaptabilidade quanto com a capacidade de ser instalado.

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